sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

" FÉRIAS DE FIM DE ANO"


Chega finalmente a tão esperada férias de fim de ano e com elas começam os preparativos para a viagem com a família.

Este ano escolheram passar o Ano Novo em Guarapari no Espírito Santo na casa na Praia de Setiba de uma tia.

Quando chegaram encontraram a cidade cheia, muitos jovens, muito agito, muito sol. Lúcia e sua prima Inês foram logo deixando as malas dentro de casa e saíram para passear e conhecer as novidades da região.


O Lugar era muito bom, a praia era tranquila, sem ondas fortes, ótimo para se bronzear e dar uns bons mergulhos. Passeando pela Avenida da Praia viram uma casa, bem de frente ao mar, com um jardinzinho simpático e lá estava em tremenda algazarra alguns rapazes que foram logo dando um olá para elas.

- Lúcia essas férias prometem serem divertidas, disse a prima toda sorridente e dando a maior bola para a galera.
- Deixa de ser assanhada Inês e pára de dar muita trela para quem você não conhece ainda. Foi logo falando porque conhecia muito bem a prima que já tinha fama de namoradeira.

Voltaram para casa onde encontraram a tia toda nervosa e reclamando de tudo. Correram para ajudá-la a colocar as coisas no lugar e deixar tudo funcionando como queria. Depois disso almoçaram uma comida leve que a caseira havia deixado pronta e foram tirar uma soneca para relaxar.

Já estava anoitecendo e resolveram passear na cidade e depois comer uma bela Pizza. A tia foi quem deu a idéia e lá foram elas animadas.

Entraram na Pizzaria do Alemão e se acomodaram em uma das mesas. Estava cheia e para surpresa em uma das mesas estavam dois rapazes da casa na Praia. Logo as avistaram e sorriram cumprimentando com a cabeça.

Inês e Lúcia ficaram ali com a tia que já havia chamado o garçom para fazer o pedido. Bem mais rápido do que imaginavam vieram com a pizza e logo começaram a comer. Inês estava sentada de frente para os rapazes e começou a falar com eles através de mímica.

Titia começou a conversar com Lúcia e perguntar algumas coisas sobre os quadros que estavam na parede que mostravam emblemas, canecas, castelos e bebidas que deveriam ser de regiões da Alemanha. Lúcia ficou distraída e não conseguiu acompanhar as loucuras de sua prima.

Lúcia achou um dos rapazes muito atraente, tinha um sorriso bonito, uns cabelos lisos com corte a La Romeu e um olhar que era de tirar o fôlego.

Já estava ficando tarde, pediram a conta e quando estavam saindo a Inês pegou no braço da prima carregando-a a te a mesa onde os rapazes estavam. Fizeram as devidas apresentações e combinaram se encontrar na praia no dia seguinte. Chamavam-se Felipe e Marco e o primeiro era o rapaz mais atraente que Lúcia já conhecera em sua vida.

Lúcia estava tão cansada que dormiu pesado e quando abriu os olhos viu que estava sozinha no quarto. Levantou rapidamente olhando o relógio que já marcava meio dia. Sabia que sua prima não perdera tempo e com certeza estava na praia curtindo o sol e junto com os rapazes.

Vestiu um short com uma blusinha leve, tomou um breve café e foi direto para praia em busca do pessoal. Ficou algum tempo procurando e quando estava caminhando pelas pedras escutou a chamarem e o som vinha na direção do mar. Quando olhou viu a Inês com o Felipe em plena água. Estavam ali sozinhos e a chamavam para pular. Aquela cena de ver os dois juntos a aborreceu porque ela tinha que estar logo com ele. Porque não ficou com o Marco?

Inês insistia para ela pular porque sabia que Lúcia tinha medo e que não sabia nadar. Isso a deixou mais chateada e aí se enchendo de coragem, fechou os olhos e pulou no mar. Afundou direto e quando conseguiu subir e respirar entrou em pânico batendo as mãos e as pernas pedindo socorro. Morreu de vergonha de tudo que passou, de ter que ser socorrida pelo Felipe, de ouvi-lo perguntar por que pulou se não sabia nadar e o resto não queria nem se lembrar.

As suas férias de fim de ano tinham se encerrado naquele momento e junto todo o interesse  e atração que havia sentindo pelo Felipe.

Já em casa e recuperada de tudo que passou foi direto para o quarto e quando chegou lá chorou livremente, como se esta fosse a solução para se aliviar do susto e de tanta vergonha que havia passado.

RSantos

3a. Edição Gênero e Situação
Tema do último parágrafo:"chorou livremente, como se esta fosse a solução." (Clarice Lispector)




3a. Edição Visual
Foto acima



quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

" BONSAI - O homem junto a natureza "


Este Bonsai resistiu ao tempo, as mudanças, as obras e está aí dando fruto.

Bonsai é uma planta em miniatura, uma replica artística da planta de tamanho natural e apresenta as mesmas características de uma planta natural. Possui os efeitos produzidos pela gravidade, crescimento e amadurecimento.

Além de ter um significado artístico, tem também um significado espiritual, significa a aproximação do homem com a natureza.


"A natureza é grande nas coisas grandes e grandíssima nas pequeninas."
(Saint-Pierre)


3a. Edição Foto-frase




Foto Bonsai de minha autoria
Imagem google

" A MENINA E O SEU CACHORRO"

"Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo."
(Antoine de Saint-Exupéry)
 
- Fox eu quero que você me obedeça para que o papai tire foto da gente.

- Senta Fox e me dá mão.

- Pai tira a foto agora. Aproveita a nossa pose, não ta legal?

- Fox viu como você saiu bonito na foto? Deixa eu te dar um beijinho.

- Papai você tirou outra foto nossa? Fox o papai tirou uma foto da gente se beijando. Vou colocar no meu quarto.

- Au Aummmm!!!!

- O que você quer Fox? Ai! Aiaiai! Você está arranhando a minha testa com as suas unhas.

- Que foi Fox? Quer tirar mais fotos? Gostou?

E assim a menina Carol passou à tarde com seu cachorrinho na pracinha do bairro brincando, conversando em companhia de seu pai que os levara de carro. Como era bonito ver a amizade dos dois. Um amor puro e muito lindo, uma amizade que nem o tempo apagaria.

RSantos

3a. Edição Desafio




Tema: conversa.
Deverá escrever um monólogo, um diálogo, enfim, uma conversa.

Imagem retirada da Net
O aqui escrito é fictício.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

" EXISTE FELICIDADE MAIOR DO QUE ESSA?


Roberta cursa veterinária na Universidade Rural onde reside durante o período escolar, ficando longe do convívio de seus familiares e do aconchego de sua casa. Como fica feliz em retornar para casa, matar as saudades, curtir o seu quarto, rever sua família e amigos.

Agora que está estagiando na própria Universidade só consegue se liberar para passar um tempo em casa nas férias de fim de ano.

Tudo estava pronto e agora já estava no ônibus que a levaria para a sua cidade. Seu coração vibrava de tanta felicidade e mais ainda que era época de Natal e adorava chegar a casa e ver tudo enfeitado, a árvore de Natal na sala cada vez mais iluminada e cheia de enfeites.

Adorava ir ao Shopping com sua mãe e irmãs para as compras dos presentes. Eram momentos inesquecíveis e a fazia se lembrar quando era menina que ainda acreditava em Papai Noel. Corria para procurar o Papai Noel e sentar em seu colo entregando a cartinha que escrevera pedindo o seu presente.

O ônibus seguia a sua viagem e Roberta ficou algum tempo entregue as suas recordações que nem sentiu a hora passar. Já estava quase chegando e começou a arrumar a sua máquina fotográfica. Além de estar sempre fotografando tudo que achava interessante, os animais de quem tinha a maior paixão, da lindas paisagens que a área rural proporcionava, quando vinha para casa queria filmar, fotografar tudo que pudesse levar consigo para poder rever quando estivesse com o coração apertado de saudades daqueles que eram a razão da sua vida.

Estava já chegando à Rodoviária e de longe já avistava seus pais, seus irmãos, sua avó. Como era linda a sua família. Cada vez que voltava para casa era uma festa e não havia preço no mundo que pudesse pagar essa felicidade. Era nesses encontros que voltava a sonhar, a acreditar nos momentos de sua infância onde tudo era cheio de amor e esperança.

Desceu do ônibus, pegou rapidamente suas malas e saiu correndo para abraçar a sua linda família. Estavam ali todos juntos, rindo e falando ao mesmo tempo. Roberta com os seus olhos brilhando perguntava baixinho para si mesmo: Existe felicidade maior do que essa?

RSantos
2a. Edição Visual
2a. Edição Começo e  Fim

" DESENHO "

Tentei fazer o melhor e aqui estão os meus desenhos que caprichei nas cores e deixei o coração guiar a minha mão.
Feliz Natal !!!






Participação para 2a. Edição Foto Frase


Desenhos feitos no Paint

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

" A LANCHONETE DO TIO RUBENS"


Quando a lanchonete do tio Rubens foi inaugurada, eu tinha apenas seis anos. Lembro-me muito bem da festança! Havia bolas coloridas enfeitando a entrada, uma banda tocando músicas alegres para que toda a vizinhança fosse chegando para conhecer a novidade do bairro. Tio Rubens preparou uma bancada cheia dos mais variados frios e queijos acompanhados dos gostosos pãezinhos que eram a marca registrada da casa. Foi um dia que ficou marcado na minha vida apesar de ainda muito pequena.

A lanchonete durante esses doze anos sempre teve sua tradição mantida, os moradores do bairro sempre fiéis e fãs das coisas gostosas que sempre havia por lá. A família sempre contribuía com uma nova receita, um novo quitute, uma nova idéia e assim ela foi sobrevivendo.

Foi numa noite dessas que o Tio Rubens passou mal e teve que ser socorrido às pressas. Teve um enfarto e estava no CTI do hospital sobre cuidados médicos. Durante todos esses anos o tio nunca saiu de férias. Todo o dia abria e fechava a lanchonete e o fazia com satisfação sempre alegre e de bom humor. A lanchonete era sua casa, sua vida e todos os amigos vizinhos, após o trabalho, gostavam de ficar sentados numa mesa beliscando algum quitute e proseando até a hora de fechar. Depois saia com os amigos indo cada um para suas casas.

Estava ali sentada tomando um café e pensando nisso tudo. Sabia que o Tio Rubens ia sair dessa, mas a sua vida ia ter que mudar e seu ritmo de trabalho a sua lanchonete seriam bem menores. Toda a família já havia se reunido e estávamos combinando um escala de serviço para ajudar ao tio. Como ele também adorava a lanchonete, mas de nada serviria para nós sem a sua presença.

Estava triste e preocupada, mas cheia de energia para trabalhar na lanchonete com a mesma dedicação e amor que o Tio Rubens sempre teve porque com certeza ele ia ficar feliz em ver seus filhos e sobrinhos ali dando continuidade ao que construiu com sua vida.

RSantos

1a. Edição Gênero -Situação  Tema do 1º Parágrafo




nota 9.9
imagem retirada da NET

" UM LIVRO ABANDONADO"

Este livro foi abandonado na cadeira na Praça de Alimentação de um Shopping e no horário do almoço onde frequentam muitos estudantes de colégios públicos e particulares.

Dentro do livro havia um marcador com os seguintes dizeres:

" Este livro foi esquecido neste lugar justamente para quem o encontrar ler. Depois existe uma regra: passar o livro adiante, ou seja, após o ler fazer o mesmo,  deixar em um lugar público e assim dar a oportunidade de que outra pessoa o leia."

São projetos como estes que devem ser divulgados para  incentivar a todos, principalmente aos jovens,  o hábito pela  leitura. "É através da leitura que nossos filhos serão capazes de escrever a sua própria história".

RSantos

1a. Edição Foto Frase - Tema Abandono


Foto de minha autoria tirada no Shopping do Méier

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

" MINHAS RECORDAÇÕES DE MENINA"


Estava sozinha em meu apartamento e agora cada minuto parecia uma eternidade. Os filhos, os netos é que traziam alegria e enchiam a casa de vida, mas eram tão poucas as vezes que agora isso ocorria. Meus pés já não acompanhavam as minhas vontades. Desejava muito ir visitá-los, pegar as crianças para passear ou até para passar uns tempos aqui em casa, mas não tinha mais força para segurá-los.
 
O tempo vai passando para todos e agora ficava horas recordando alguns momentos de minha vida. Estava arrumando umas pequenas peças de roupas e me fez lembrar os tempos de garotinha. Adorava calçar os sapatos da mamãe e andar pela casa me sentindo uma princesa. Era um tal de tac e tac que a mamãe vinha logo falando que os vizinhos iam reclamar do barulho.



Tinha um sapato de festa da mamãe que eu achava lindo. Ele era todo cheio de brilho e o seu salto era bem alto. Gostava de calçar colocando uma meia listrada para ficar mais bonita e para não fazer barulho eu ia brincar de sobe e desce na escada de madeira que tinha na varanda.

Lembro que também pegava os colares e enfeites de cabelo para ficar bem bonita. Abria a caixa de pinturas e lambuzava a cara de pó de arroz, batom e sombras para me sentir a própria estrela de cinema.

Sempre a mamãe quando descobria a bagunça que eu deixava vinha correndo reclamar e mandar eu arrumar porque esparramava tudo para escolher cuidadosamente o que eu ia usar.

Minha mãe ficava muito brava quando resolvia ir ao seu Armário e escolher o seu melhor vestido para me sentir uma senhora artista. Muitas vezes não escapei de umas boas palmadas.

Os tempos passam e hoje as meninas já são incentivadas desde cedo a se enfeitar, a se pintar, usar vestidos de mocinha. Hoje a mamãe vai curtindo e investindo na vaidade de sua filha. A vida é outra e elas não sabem como é bom chegar a minha idade e ter a felicidade de poder recordar desses momentos inocentes onde nos descobrimos, onde queremos crescer e ser uma mulher igual à mamãe.

RSantos


1a. Edição Desafio - Palavra da Vez : Escada



nota 9,2
texto repostado
Imagem inicial retirada da NET